Pesquisadores afirmam que sinais em canavial são de OVNI

                                                                                                                                                           Arquivo pessoal/Solange Buosi 

Canavial com marcas que teriam sido produzidas por UFO


Era madrugada do dia 20 de janeiro de 2008. Àquela hora, só o que ilumina Riolândia são as estrelas e a luz do luar. 

O aposentado Durval Ambrizzi Júnior dorme sossegado em seu trailer estacionado próximo de um canavial, feliz com mais um dia de pescaria. O repouso, porém, é interrompido por um facho de luz intenso que invade seu dormitório sobre rodas. O clarão o desperta e ele corre pra ver o que é. 

Ao abrir a porta, se depara com um festival de luzes amarelas tão fortes que ofuscam a visão. Aterrorizado, nem põe os pés no chão. 


Dos degraus do veículo corre pra dentro, se tranca e volta pra cama, onde fica inerte. Só tem coragem de sair quando amanhece e a imagem que vê “congela” em sua retina: três círculos no meio do canavial, um com cerca de 60 metros de diâmetro e outros dois menores, com 8 metros de diâmetro cada. 

O registro dos sinais acaba de completar seis anos. E os estudiosos do caso não têm dúvidas em afirmar que todos os indícios apontam para um fenômeno ufológico: Riolândia foi alvo de um objeto voador não identificado (ovni). 


“O fenômeno não pode ser atribuído a causas naturais conhecidas”, resume o engenheiro e ufólogo membro do Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais (Inape) de Araçatuba, Jorge Nery. 

Primeiro estudioso a correr até o local e a entrar na clareira aberta misteriosamente na plantação, ele assina um relatório detalhado sobre o estudo dos sinais, chamado “Dossiê Riolândia”. 

 Arquivo pessoal/Solange Buosi
Imagem após o fenômeno mostra coqueiro intacto, cenário diferente se ação tivesse sido causada por vendaval

O professor e ufólogo Ademar José Gevaerd, editor da Revista Ufo - mais respeitada publicação sobre o gênero no Brasil -, vai mais longe. Também pesquisador do caso, além de se declarar convicto de que se trata de um fenômeno ufológico, afirma que a Aeronáutica teria conhecimento do fato.


“Recebi uma comunicação detalhada de que o Cindacta I registrou inúmeros casos de ‘tráfego H’ no período entre 18 e 22 de janeiro de 2008, todos na região entre Rio Preto, Aparecida do Tabuado (MS) e acima de Iturama/São Francisco de Sales (MG). Riolândia está bem dentro deste triângulo e o caso ocorreu na madrugada de 20 de janeiro. Tudo bate. E para quem não sabe, ‘tráfego H’ é como os militares chamam os UFOs.”


O Cindacta I ao qual se refere é o Centro Integrado de Defesa e Controle do Tráfego Aéreo de Tanabi. Seu papel é fazer a segurança e manutenção do radar e das duas torres de transmissão de rádios que atuam na detecção e proteção de voos. 


Compreende os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo e integra uma das quatro regiões responsáveis pela defesa aérea nacional.

Já o triângulo geográfico mencionado por Gevaerd faz da região de Rio Preto uma das principais em ocorrências ufológicas no País. 


Seria uma espécie de “corredor espacial” bastante utilizado pelos UFOs. “Não há ainda uma explicação para o tráfego intenso de ovnis dentro desse perímetro, o que se sabe é que os pontos de atração estariam relacionados aos minérios e aos mananciais, em grande quantidade, existentes nessa região”, explica o ufólogo. É o caso de Riolândia, por exemplo, próximo ao rio Grande.

Equipe de pesquisa


O trabalho do Inape em Riolândia, coordenado por Jorge Nery, se cercou de todos os cuidados para que os resultados fossem os mais isentos possíveis.

 Sérgio Menezes
Maurício da Silva, antigo arrendatário da pousada Piapara,em frente a trecho do canavial amassado supostamente por ovni  

Para isso, um time formado por especialistas em cana-de-açúcar, engenheiro agrônomo, biólogo, geógrafo, meteorologista, técnico em eletrônica e em segurança do trabalho, além de ufólogos ligados a outros institutos brasileiros, foi deslocado até o município, mais precisamente até a pousada Piapara, a pouco metros do canavial.

Ali foi o ponto de avistamento de uma das principais testemunhas da aparição e arrendatário do lugar à época, Maurício Pereira da Silva. Por essa razão tornou-se o “quartel general” da equipe de pesquisa.

“Não encontramos em toda a lateral do círculo marcas de entrada de máquinas, objetos, equipamentos ou ferramentas que pudessem provocar aquilo na plantação, nem mesmo marca pequena de entrada ou pegadas de animais ou homem”, diz Nery.

As canas ao redor da clareira, segundo o engenheiro, estavam como se tivessem sido “penteadas”, deitadas e amassadas.

Não havia qualquer sinal de que tivessem sido quebradas, arrancadas ou esmagadas. “É impossível se fazer isso, pois a cana não verga, ela quebra. E nesse caso as raízes das plantas estavam intactas, sem esforço mecânico como torção ou puxão do solo”.

Igualmente foram descartadas ocorrências meteorológicas que explicassem o fenômeno. “A condição climática era de nublado, com chuvisqueiros esporádicos, temperatura de 24 graus e vento bem moderado, próximo de 8km/h em direção sudoeste. Fosse algo assim e tudo em volta teria sido remexido, mas nem as acerolas e goiabas maduras nos pés ali próximos caíram, nenhuma. Não há indícios de que seja um fenômeno natural nem humano”, conclui Nery.
Nave tinha tinha formato cilíndrico e fez rasante na cana

O objeto voador não identificado (ovni) que os ufólogos dizem ter visitado Riolândia na madrugada daquele 20 de janeiro de 2008 teria dado um rasante sobre a plantação. 


A suposta nave não chegou a pousar. “É incomum esse tipo de amassamento da planta nas pesquisas e nos relatos de que tenho conhecimento”, diz José Ademar Gevaerd, que por três vezes viajou de Campo Grande para a pousada Piapara para estudar o fenômeno e participou de incursões às clareiras junto com outros ufólogos, da região e também da Entidade Brasileira de Estudos Extraterrestres (EBE-ET), de Brasília-DF. 

“O solo se apresentava intacto, úmido e sem marca de propriedades que indicassem ter passado por alta temperatura ou alteração química, ou qualquer emanação de radiação molecular nuclear. Essas condições foram verificadas em toda extensão do ocorrido”, detalha Gevaerd. 


Nas bordas internas da clareira, diz o ufólogo que hoje mora em Curitiba (PR), observa-se uma perfeita formação da franja ou lateral onde a formação inferior da cana (piso) tem uma relação de 90 graus com a franja ou parede interna do circulo. 


“Tal fato se fosse feito por vento forte ou tornado, tipo de vento ondulante, as paredes estariam apresentando forma variada em toda sua extensão, e haveria uma ligeira inclinação provocada pela atenuação da carga de pressão do vento contra a resistência mecânica, somada de cada caule da planta.” 

 Arquivo pessoal/Solange Buosi
Gevaerd (à dir.) e Jorge Nery (na cabeceira) reunidos na pousada à época 


A conclusão a que ele chega, com base nesses dados técnicos, é de que “algo material” sobrevoou o canavial naquele dia. E algo, enfatiza, inexplicável. 

“Não tinha explicação dentro do leque de coisas terrenas que poderiam ter causado aquilo. Não era avião, helicóptero, nuvem, vendaval, nada. Era algo que não pertencia ao nosso conhecimento. A dedução lógica é a de que estávamos diante de uma máquina fora da terra.” 

Gevaerd lembra que avistamentos naquela mesma região foram registrados por mais três ou meses após os sinais no canavial. 


“Nas minhas pesquisas entrevistei muitas pessoas. E muitas tinham relatos de histórias de avistamento que surgiram em diferentes épocas. Histórias de aparelhos luminosos no céu perseguindo gente a cavalo, de carro, causando muito medo.” 

O ufólogo Jorge Nery sobrevoou a área e afirma que foram encontrados inúmeros pontos onde a cana foi igualmente amassada. 


E também diz que os relatos não se limitam àqueles próximos da pousada. “ Há mais de cem casos investigados na região, na área que envolve Buritama, Monções, Nhandeara, Votuporanga, Valentim Gentil, além claro de Riolândia”. Ou seja, há muito mistério ainda para ser desvendado.  

Principal testemunha desaparece da cidade

As notícias sobre o paradeiro de Maurício Pereira da Silva, antigo arrendatário da Pousada Piapara, distante cerca de 10 quilômetros de Riolândia, são as mais diversas.

A reportagem foi esta semana até a cidade, mas não encontrou nenhuma pista sobre o paradeiro da principal testemunha do avistamento do ovni.

 Alex Pelicer  
Nelson Alexandre Lima: “Pra tudo existe uma possibilidade” 


Alguns dizem que ele retornou para Rio Preto, cidade em que morava antes de assumir a pousada. Outros afirmam que ele se tornou pescador no rio Grande e que está atualmente morando em Paulo de Faria. Maurício e a pousada ficaram famosos em janeiro de 2008. Teria sido o primeiro a ver o fenômeno.

Naquela madrugada ele conta que foi até a cozinha, bem de frente para o canavial, tomar água. E o que viu o deixou maravilhado. “Eram três bolas no céu, uma ao lado da outra, bem alinhadas e luminosas. Foi lindo”, contou ele ao Diário naquela ocasião.

O que ele viu e contou fez a fama do lugar. Fama que perdura até hoje, garante a filha da atual arrendatária da pousada.

“Às vezes ainda ligam aqui perguntando se essa é a pousada dos ET’s”, diz a jovem, que pediu para não ser identificada. Aliás, mesmo pedido foi feito pela mãe. Em comum entre ambas também está o fato de não acreditarem nos relatos. “Nunca vimos nada por aqui, jamais. Não acreditamos nisso.”


Elas dizem que evitam o assunto porque a mesma história que tornou o lugar conhecido, também afugentou bastante gente do local.

E não gostam da maneira como o caso é discutido até hoje. “Fico muito chateada sobre como a pousada aparece na televisão”, alega a filha. Gostando ou não, o fato é que o assunto rende histórias na cidade de 11,5 mil habitantes. Invariavelmente o caso pende entre a chacota e a dúvida.

O motorista Nelson Alexandre Lima, de 69 anos, diz que não estava em Riolândia na época, mas se lembra do acontecimento. Se ele acredita? Talvez.

“Já vi algumas coisas enquanto estava trabalhando à noite, mas nunca perto de mim. Pra tudo existe uma possibilidade.”

O professor José Carlos Rezende, 67, afirma ter as suas dúvidas, mas admite que há fatos “esquisitos” pela cidade. “Não se pode duvidar. Círculos artificiais no canavial são bem difíceis de fazer.” Já o operador de máquinas Joeder Souza Brito, 23, acredita que podemos não estar sozinhos no universo. “Se nós existimos, por que extraterrestres não podem existir?.”

Fonte: Diário Web via Assombrado






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