Cientistas desenvolvem pequena capa de invisibilidade

Cientistas desenvolvem pequena capa de invisibilidade


Uma pequena capa de invisibilidade foi inventada por cientistas norte-americanos que estão a chegar cada vez mais perto de uma versão real do que até era agora um elemento de ficção científica, anunciaram investigadores.

A capa, apresentada na revista Science, é microscópica no tamanho, mas poderia aumentar de tamanho no futuro - segundo físicos do Departamento de Energia do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e a Universidade da Califórnia em Berkeley.

O aparato funciona com a manipulação da luminosidade, mudando como os raios de luz incidem sobre um objecto para que este não possa ser detectado pelo olho.

«Esta é a primeira vez que um objecto 3D de forma arbitrária foi mascarado da luz visível», afirmou o principal autor do estudo, Xiang Zhang, director do Laboratório de Ciências dos Matériais de Berkeley.

«A nossa capa ultra-fina parece um casaco. É fácil de desenhar e implementar, e pode potencialmente esconder objectos macroscópicos.»

Usando pequenas fibras de ouro conhecidas como nanoantenas, os pesquisadores fizeram uma capa de 80 nanómetros de espessura que pode envolver um objecto tridimensional do tamanho de algumas células biológicas.

«A superfície da capa foi construída para redireccionar as ondas de luz de forma que o objecto ficou invisível para detecção óptica quando a capa é activada», segundo o artigo.

No entanto, a pequena capa ainda tem grandes limitações.

Por exemplo, os padrões das nanoantenas devem ser projectados precisamente para coincidir com as saliências da superfície do objecto que está por baixo, o que significa que o objecto não pode mexer - caso contrário, perde a camada invisível.

Nem as características a serem escondidas podem ser muito grandes ou pontudas em comparação ao comprimento das ondas luminosas, porque as sombras não conseguem ser apagadas, explica Zeno Gaburro, físico da Universidade de Trento, em Itália.

«O lado que está escuro não vê a luz, então não tem há forma de corrigir (a sombra) usando essa técnica», afirma Gaburro num artigo complementar publicado na Science.

Mas Zhang está confiante de que a tecnologia possa ser eventualmente feita numa escala maior. «Não vejo obstáculos», disse.

Fonte: DD
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