A guerra civil na Síria levou à primeira retirada de sementes do Banco Mundial de Sementes de Svalbard. Conhecida como “Abóbada do Fim do Mundo”, o depósito foi construído a 120 metros de profundidade no gelo árctico para proteger o abastecimento de alimentos a nível mundial no caso de um cataclismo global.
Pesquisadores do Oriente Médio retiraram do bunker amostras de trigo, cevada e gramíneas adaptadas a regiões secas, a fim de substituir as sementes em um banco de genes perto da cidade síria de Aleppo, danificado pela guerra civil iniciada em 2011.
Trata-se do primeiro uso da “Abóbada do Fim do Mundo” desde que a instalação foi inaugurada, em 2008, no arquipélago norueguês de Svalbard. O imenso bunker de sementes, criado em parceria do governo da Noruega com um conglomerado de empresas e fundações internacionais, encerra actualmente 860 mil amostras de mais de 4 mil espécies de quase todos os países, e supostamente é capaz de resistir a explosões nucleares, asteróides, terremotos, erupções vulcânicas, epidemias e outros desastres naturais.
O banco de sementes de Aleppo manteve-se parcialmente em funcionamento apesar do conflito na Síria. No entanto, ele não pode mais servir como um centro de cultivo e distribuição de sementes a outras nações, principalmente no Oriente Médio.
Assim, as sementes de Svalbard foram solicitadas pelo Centro Internacional para Pesquisa Agrícola em Áreas Secas (Icarda), que devido à guerra transferiu sua sede de Aleppo para Beirute em 2012. Segundo os cientistas, a organização quer retirar cerca de 130 caixas das 325 que havia depositado no bunker árctico, totalizando 116 mil amostras.
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