Índia testa com êxito o seu maior foguetão com módulo para astronautas [video]



A Índia testou hoje com êxito o maior foguetão que desenvolveu até agora, com capacidade para transportar quatro toneladas e um módulo para astronautas, abrindo a porta à primeira viagem tripulada da Índia ao Espaço, informaram fontes oficiais.

O foguetão, de 630 toneladas e 42,4 metros de comprimento, iniciou o seu voo às 09:30 (04:00 em Lisboa) no Centro Espacial Satish Dhawan, em Sriharikota, no estado do Andhra Pradesh (sul).

As televisões locais mostraram imagens do foguetão a elevar-se no céu e uma nuvem de fumo, bem como os aplausos dos cientistas da Organização Indiana de Investigação Espacial (ISRO).

"É um dia muito significativo na história espacial da Índia", disse o presidente da ISRO, K Radhakrishnan, num discurso emitido pela cadeia televisiva NDTV.

O primeiro dos objetivos da missão era testar o voo do foguetão com quatro toneladas em material, ou seja, o dobro da capacidade de transporte atual e permitirá colocar em órbita satélites mais pesados.

O segundo era estudar os detalhes de uma hipotética reentrada em Terra do módulo para astronautas, que tem o tamanho de um "pequeno dormitório" e pode acolher "duas ou três" pessoas e a sua aterragem com recurso a paraquedas.

Porta-vozes da ISRO afirmaram que a cápsula "caiu de forma segura na golfo de Bengala perto das ilhas de Andamão e Nicobar", após soltar-se do foguetão.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, felicitou os cientistas pelo sucesso da missão.

"O bem-sucedido lançamento do GSLV Mk-III é outro triunfo do brilhantismo e o do árduo trabalho dos nossos cientistas", escreveu, na sua conta na rede social Twitter, dando-lhes os parabéns pelos esforços.

A Índia celebrou em 2012 meio século desde que pôs em marcha o seu programa espacial, um dos mais ativos do mundo.

Em setembro, colocou a sua sonda Mangalyaan em órbita do planeta Marte, um feito tecnológico que nenhum outro país asiático alcançou e que apenas foi conquistado pelos Estados Unidos, Rússia e Europa.

A ISRO, que conta com 16 mil cientistas e um orçamento de mil milhões de dólares, através do seu braço comercial, também coloca em órbita satélites estrangeiros desde 1999.

Diário Digital com Lusa

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